De tempos em tempos novas ferramentas viralizam na internet. Como um bom usuário, conhecer a nova moda fica cada vez mais divertido. O FaceApp é o aplicativo da vez que voltou depois de fazer a fama envelhecendo pessoas, Agora, é possível trocar de gênero.
O sucesso na Web se deu pela capacidade de alterar com muita qualidade o rosto nas fotos de usuários. A tecnologia de reconhecimento facial despertou curiosidade e uma preocupação. Além da diversão, as novas ferramenta podem sugerir riscos à privacidade do usuário.
A privacidade de dados é atualmente um dos problemas modernos mais perigosos do mundo online. Saiba como utilizar o aplicativo e também da polêmica do reconhecimento facial utilizada na ferramenta.
Saiba tudo sobre o FaceApp.
A tecnologia e funções do FaceApp
Depois do advento do reconhecimento facial, a fotos e filtros que alteram as feições do rosto vieram com tudo. Já trocamos de rosto com outra pessoa, tiveram também as fotos com cara de bebê além da moda dos filtros do Instagram que fazem até plástica.
A tecnologia unida ao entretenimento, deixa cada vez mais moderno esse sistema que é um tipo de inteligência artificial. No FaceApp, o que é utilizado se chama rede neural, que é uma tecnologia capaz de analisar as feições do rosto.
A partir dessa análise, o aplicativo consegue, com qualidade superior a outras ferramentas assim, mudar o cabelo, cor dos olhos, envelhecer, rejuvenescer e o sucesso que é transformar uma foto de um gênero para outro. O uso da ferramenta é muito simples, confira abaixo.
Perigo na proteção de dados
Todo mundo gostou de ver com qualidade como você seria com barbas, cabelos curtos e feições masculinas. Da mesma forma, foi divertido imaginar homens em sua versão feminina. O que passa despercebido durante a diversão é que o app lê o rosto e pode guardá-lo como bem entender.
Você permite que a ferramenta identifique seus traços e isso reflete um perigo. Foram ativistas da proteção de dados que atentaram que usuário do FaceApp estariam oferecendo a ferramenta uma base de dados de rostos em todo o mundo.
Criado pela Wireless Lab, empresa russa, o aplicativo solicita ao usuário que este aceite a política de privacidade de dados. O termo, saiu em matérias que atentaram segundo advogados, margens que podem permitir a plataforma qualquer uso com os dados do usuário.
Em 2019, o aplicativo foi notificado pelo Procon juntamente com a Apple e Google por não deixar claro o uso de dados.
Privacidade de dados no aplicativo
O termo de privacidade presente na plataforma, está vigente desde dezembro de 2019, foi atualizado recentemente. Em 4 de junho houveram edições que não deixam claras o que foi retirado ou adicionado do documento.
Disponível a todos nas configuração, atualmente, o termo apresenta informações sobre o que o app faz com os dados adicionados. Ele diz que a ferramenta funciona com a tecnologia apresentada e que as imagens adicionadas nele ficam em uma nuvem por tempo limitado.
Nele, os organizadores dizem que usam os provedores de serviço da Google Cloud Platform e o Amazon Web Services. Os servidores informam que ambos servem para processar e editar as fotografias.
O que acontece com sua foto
O FaceApp avisa que a ferramenta somente tem acesso as fotos que o próprio usuário adiciona na plataforma, porém a página inicial solicita que ele assim permita o acesso as fotos da galeria.
Outra informação do termo que veio para rebater o receio do uso indevido das imagens é a afirmação de que “não utilizamos as fotografias que você fornece ao usar o aplicativo para qualquer finalidade que não seja a de fornecer a funcionalidade de edição de retratos”.
Quanto o tempo de permanência das fotos adicionadas no aplicativo, o termo avisa que elas podem ficar de 24 a até 48 horas no serviço para que o usuário possa fazer alterações. Passado esse tempo, ao que tudo indica elas somem. A pergunta que fica no ar é: será?
Tem como se proteger?
Atualmente, diversos serviços assim já foram impelidos por apresentarem perigo em relação ao roubo de dados. O assunto é importante, mas infelizmente não há muito o que fazer. Quem está hoje em dia conectado está exposto a esse ambiente.
A diferença é que ele pode ser mais ou menos seguro, mas no fundo sempre é uma exposição. Já sabemos que por meio dos cookies e outras ferramentas é feito a leitura do comportamento digital das pessoas do mundo todo.
Isso é usado tanto para negócio nas propagandas, como para outros fins. Os serviços de privacidade em redes sociais e aplicativos já foram assunto até quando o tema foi eleição. Nos Estados Unidos, a campanha de Trump usou dados de milhões de usuários do Facebook.