O abalo da pandemia do coronavírus chegou a diversas áreas do mundo, saúde, educação e economia. Contudo, a paralisação das atividades atingiu outras categorias como esporte. As medidas de destaque são no futebol, pois os times anunciam decisões dramáticas para sair da crise.
Os campeonatos parados, jogadores treinando em casa e o futebol ainda sem perspectiva para voltar. Esse cenário marca uma incerteza que pediu dos times uma reação. Ela chegou na resposta de corte e redução de salário dos jogadores.
Entre acordo salarial e demissões em massa, os times brasileiros passam apertado para vencer esse período. De longe, o momento apresenta maior dificuldade que os campeonatos já de costume.
Veja o que times brasileiros estão fazendo de acordo com jogadores e equipes.
A confusão dos acordos
Houve dificuldade em fazer um acerto no São Paulo, pois o anuncio de 50% não foi aceito pelo time inteiro, porém, aplicado de modo unilateral. Os jogadores reclamam do atraso de direitos de imagem.
Já o Grêmio preferiu não anunciar publicamente a quantia a ser reduzida dos salários do time. O Internacional anunciou uma “readequação” do salário dos jogadores em maio, contudo também não divulgou a porcentagem.
Os acordos no futebol não foram feitos de forma coletiva entre os times porque a Fenapaf não concordou com as medidas propostas pela CNC. Conceder férias foi o acordo em comum na confederação e rendeu até abril. Em maio, cada time anunciou sua própria decisão. Veja abaixo
Susto na redução do salário do Corinthians
Esse período da pandemia instalou uma crise geral. Pouco a pouco a paralisação, embora necessária, revela suas consequências. Manter os salários milionários do jogadores parece uma dificuldade para os times nesse momento.
Na série A, houve um marco na redução de salário dos jogadores. Eles decidiram, a princípio, dar férias coletivas segundo a CNC, porém, agora há um acordo a ser feito para cortar algumas despesas. Foi o caso do Palmeira e do Flamengo. Veja mais sobre a série A.
O Corinthians foi um dos times que assustou a todos com a decisão. O time informou que realizará a diminuição do salário em 50% de todos que estão de home office. Para quem recebe acima de 3 mil, mas não está trabalhando, receberá apenas 30% do salário. Os jogadores terão o salário reajustado à parte, porém ainda sem previsão divulgada.
Times do nordeste e sudeste sofrem cortes
Atlético Mineiro, Cruzeiro, Fortaleza, Bahia, Palmeiras e Ceará anunciaram corte no salário de 25%. Os times também tomaram a decisão de diminuir a renda tanto nos jogadores, como comissão técnica e funcionários.
Em alguns times houve também o desligamento e redução na jornada de trabalho de funcionários. No Fluminense o corte no salário dos jogadores foi de 15% em março, férias em abril e redução de 25% em maio.
Uma medida tomada por alguns times como Fortaleza, Santos e Ceará foi reduzir o salário durante a pandemia e pagar o restante depois da crise. No Palmeiras, o direito de imagem pago aos jogadores é que foi postergado. No Santos a redução foi de 30%, maior que nos demais times acima.