Nesta quarta-feira (4), quatro prédios do Hospital Federal de Bonsucesso voltaram a funcionar para a realização de exames e consultas. Após oito dias do incêndio que atingiu o prédio 1 e destruiu grande parte da unidade, o atendimento volta a receber a população.
A reabertura será dos prédios 3, 4, 5 e 6, e a expectativa de que o prédio 1 volte a funcionar e a receber os pacientes é dentro do prazo de 60 dias. E aqueles que conseguiram agendar consultas e exames para esta quarta, serão atendidos regularmente pela unidade de saúde.
Mas aqueles que por algum motivo não conseguirão comparecer, o hospital irá recorrer a um novo agendamento. Entretanto, atendimentos de emergência, cirurgias, exames de imagem, internações e serviço de hemodiálise permanecerão suspensos.
Tratamento de câncer é retomado e gera esperança
Além disso, a retomada dos tratamentos de câncer é uma das maiores novidades para os pacientes, os quais realizam o procedimento nos prédios 3 e 4, agora será possível voltar ao tratamento nestas alas.
Durante o incêndio ocorrido na semana passada, mais de 200 pacientes tiveram que ser transferidos para outras redes de saúde. Muitos estavam em tratamento Covid-19 e oncológico. Graças a gravidade das doenças, o retorno dos tratamentos gerou nos pacientes muita ansiedade e alívio:
“Eles ontem entraram em contato com a gente, dando a grande notícia que vai funcionar normalmente o tratamento, o prédio 3 e 4, onde ele se trata. E a gente está aqui aliviado. Eu como pai, estou com o coração aberto, feliz demais”, disse Giovane da Silva, pai do paciente Douglas da Silva, ao portal G1.
Criança de um ano foi a vítima mais nova do incêndio
Mesmo com o socorro dos bombeiros, oito pessoas foram vítimas das chamas que assolaram o hospital. Três delas morreram ainda na unidade, quando estava sendo feito a transferência dos pacientes, e as cinco restantes morreram após deslocamento.
Das oito vítimas, a mais nova era uma criança de um ano de idade, que não teve seu registro pessoal identificado. As outras se encontravam na faixa etária dos 30 aos 90 anos, três delas estavam em tratamento contra o coronavírus.