Durante essa segunda semana de novembro, surgiu a notícia da eficácia da vacina da empresa Pfizer e da vacina Sputnik V do governo russo, ambas com taxa de 90% de sucesso. Além disso, outros imunizantes estão em fase de desenvolvimento, e uma delas tem como composto de êxito uma árvore indígena.
A árvore chamada quilaia é uma planta endêmica encontrada na zona central do chile e é muito valiosa para os indígenas mapuches. Com isso, o ingrediente presente nela é o principal material cobiçado pela empresa sueco-americana Novavax, que já tem realizado seu teste em pessoas.
A vacina da Novavax apresentou resultados promissores como a designação para via rápida e no momento se encontra na etapa final de ensaios clínicos no Reino Unido. Neste mês de novembro, também serão os últimos ensaios nos Estados Unidos, Porto Rico e México.
Planta medicinal chilena recebe investimento milionário
A árvore que recentemente tem chamado atenção dos cientistas e das empresas, devido ao seu material curativo para o novo coronavírus, é conhecida pelo povo mapuche com uma planta medicinal. Ela é usada desde a antiguidade e serve para curar qualquer tipo de enfermidade, desde problemas intestinais até problemas respiratórios.
As propriedades que ela carrega são exploradas pela indústria farmacêutica ao longo dos anos. A quilaia é especialmente conhecida devido a sua casca de sabão, que apresenta saponinas vegetais, elemento-chave de todo o processo curativo.
Quando as moléculas da saponina se encontram com a água, elas acabam se transformando em um material imunizante, pronto para ser inserido nas vacinas. Baseado nisso que a Novavax tem investido nessa planta, recebendo um financiamento milionário do governo de Donald Trump.
Processo de transformação em vacina imunizante
O que se entende sobre as saponinas vegetais presentes na quilaia é que elas podem ser transformadas em compostos que ampliam o efeito positivo da vacina, sendo assim, configuradas em fórmulas não tóxicas para os seres humanos.
Apesar delas serem encontradas em diversas plantas, no momento são apenas as saponinas da quilaia que tem mostrado resultados eficientes no desenvolvimento do imunizante nos centros farmacêuticos.
É a partir disso, que uma a empresa de biotecnologia Desert King, tem fornecido a substância fundamental da árvore para a Novavax. A Desert desenvolveu um método de extração de agentes ativos da casca e da madeira da quilaia para ser modificado em pó, e em seguida vendê-lo para a fabricação da vacina contra a Covid-19.