Recentemente, cientistas da Sociedade Astronômica Real, no Reino Unido, observaram de forma “inequívoca”, a existência de moléculas de Fosfina (PH3) na atmosfera de Vênus.
Isso foi um marco, pois na Terra a substância é derivada da atividade de bactérias anaeróbicas. A partir disso, os cientistas começaram a considerar estas bactérias como uma possível comprovação de atividade biológica.
Não é de hoje que o planeta Vênus está sendo estudado por seres humanos, mas fazia décadas que não era estudado profundamente. Muitos cientistas consideram que há vida em Vênus, porém é necessárias mais provas para realizar a comprovação.
Veja mais sobre os estudos de vida em Marte no artigo a seguir.
Hipótese: mais de 1 bilhão de organismos vivos
A superfície de Vênus é inabitável por chegar em temperaturas entre 464 ºC e pressão atmosférica equivalente a 92 vezes do que a Terra ao nível marítimo. No entanto, no topo da troposfera de Vênus as temperaturas, a 65 km de altitude, a temperatura e pressão não se divergem muito do planeta Terra.
Portanto, foi nesta região que a Fosfina foi encontrada, em concentração de 20 partes por bilhão. Segundo os pesquisadores, há duas explicações para a quantidade de fosfina encontrada. Pode ser um processo químico desconhecido, ou a presença de organismos vivos.
Por fim, os cientistas foram cautelosos com a pesquisa e não afirmaram diretamente que descobriram vida em Vênus, mas sim um possível vestígio da mesma. Será possível obter resultados mais precisos em futuras missões, com balões que poderão mergulhar na atmosfera do Planeta.
Possível visita a Vênus em 2023
Recentemente, o CEO e fundador da Rocket Lab, Peter Beck, confirmou em uma entrevista transmitida pelo Youtube que está “loucamente apaixonado por Vênus” e que está trabalhando “pesado” para realizar uma missão privada programada para 2023, explorando mais o planeta.
“Vamos aprender muito no caminho até lá, e vamos tentar ver se podemos descobrir o que há naquela zona atmosférica. E quem sabe? Podemos ter a sorte grande”, disse Peter Beck sobre a missão privada à Vênus.
A Rocket Lab, com sede na Califórnia, desenvolve e fabrica foguetes e satélites para realizar missões espaciais. Para alcançar o planeta, a empresa conta com o foguete Electron, que recebeu novos motores e agora é capaz de carregar 300 kg de carga útil.