Na terça-feira (15), pesquisadores do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, divulgaram dados exclusivos sobre o crescimento ósseo do Vespersaurus Paranaensis, uma espécie de dinossauro nativo do Brasil.
A pesquisa foi iniciada juntamente com o Centro Paleontológico da Universidade do Contestado do Paraná. O estudo ressaltou que a espécie do Brasil poderia viver entre 13 e 14 anos, atingindo a sua maturidade sexual entre os três e os cinco anos de idade.
O Vespersaurus Paranaensis não foi o primeiro fóssil a ser encontrado, alguns cientistas descobriram a espécie Aratasautus Museinacionali de 110 milhões de anos na região nordeste do país.O fóssil foi encontrado no Ceará em 2008, porém foi perdida no incêndio do museu do Rio de Janeiro.
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A espécie habitou o Brasil há 90 milhões de anos
A espécie V. Paranaensis era um dinossauro de pequeno porte, com 1,5 metros de comprimento. O dinossauro habitava a região do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil durante o Cretáceo, entre 90 e 70 milhões de anos atrás. Na época, a localidade formava o Deserto Caiuá.
Os Verpasaurus habitavam em torno de áreas úmidas, provavelmente em oásis. Na mesma região onde foi encontrado os fósseis da espécie, também foi lagartos extintos e pterossauros.
Por conta da preservação dos fósseis dos dinossauros, os pesquisadores conseguiram traçar um panorama completo sobre o desenvolvimento desses animais, como taxa de crescimento e o tempo que levavam para atingir a idade adulta. A técnica utilizada nos estudos foi a osteohistologia, que consiste em serrar os ossos ao meio.
Taxa de crescimento da espécie
Segundos os estudos realizados, esses animais tinham um tecido ósseo incomum para os dinossauros, chamado de paralelo-fibroso. A teia caracteriza-se por ter um alto grau de organização das fibras de colágeno, o que leva mais tempo para se formar ao longo do crescimento do animal.
Por esse lado, a taxa de crescimento do V. Paranensis provavelmente eram mais lentas comparado a outros estudos de dinossauros, jacarés e crocodilos. Para os pesquisadores, esse crescimento mais lento estaria associado ao tamanho do animal. Porém, é possível também que isso seja uma adaptação ao ambiente árido.
O estudo do V. Paranensis faz parte da pesquisa de mestrado de Geovane Alves de Souza, que foi financiada com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e contou com os conhecimentos de outros seis cientistas.