Nesta terça-feira (20), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou um processo contra o Google, que está sendo acusado de realizar práticas anticompetitivas no que é referente à sua plataforma de busca.
A companhia, segundo o departamento americano, é responsável por ter um monopólio injusto sobre publicidades que são relacionadas a resultado de pesquisas. Além disso, o órgão também contraria os termos do sistema operacional Android.
Atualmente, tais termos forçam os fabricantes de smartphones a pré-instalarem aplicativos, bem como definir o Google como a plataforma de busca padrão do sistema. Tal atitude acaba por impedir que rivais também lucrem com o mecanismo.
Segundo acusação, Google paga para garantir monopólio
De acordo com o processo, o Google paga cerca de bilhões de dólares por ano a fim de garantir que seu mecanismo de busca continue possuindo o status atual. Esse status compreende estar presente na maioria dos smartphones, bem como para proibir as contrapartes da companhia de negociarem com concorrentes.
Os pagamentos, segundo o processo, são feitos para diversos distribuidores. Entre eles, o Departamento de Justiça destacou a Apple, LG, Motorola, Samsung, as operadoras de telefonia sem fio dos EUA AT&T, T-Mobile, Verizon, e os desenvolvedores de navegadores Mozilla, Opera e UCWeb.
Possíveis punições ainda serão discutidas
As prováveis punições que o Google pode receber ainda serão discutidas, e o departamento optou por não sugerir. Para que haja pena, opções como multas, restrições a negócios liderados por publicidade ou divisão de serviços e produtos em negócios a parte devem ser analisados.
Mesmo sendo esperado por ambas as partes que o julgamento leve anos, as duas últimas possibilidades citadas ainda poderiam auxiliar empresas concorrentes na busca de clientes, acabando assim com o monopólio da Google.
Empresa e concorrente se manifestaram
Após a abertura do processo, a companhia acusada, bem como um de seus concorrentes, apresentaram declarações. Por meio de um porta-voz, o Google afirmou que o processo é falho, e que os usuários da companhia utilizam seus serviços porque querem não por obrigação.
Ainda foi destacado que um comunicado mais completo será divulgado nesta quarta-feira (21). Gabriel Weinberg, CEO do DuckDuckGo, alegou no Twitter que se encontra satisfeito com este passo tomado para responsabilizar o Google pelas maneiras como o mesmo bloqueou a concorrência.
A acusação dos Estados Unidos não foi a primeira recebida pela empresa. A União Europeia já lançou várias investigações sobre o monopólio ilegal da gigante da tecnologia, com multas totalizando mais de US$ 9,6 bilhões. O Google contestou todas elas.