Dados divulgados na última segunda-feira (30) mostram a evolução exponencial do desmatamento na Amazônia apenas no último ano. Os números que são calculados através de imagens de satélite registraram novos recordes.
Os dados preliminarmente levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram um aumento de 9,5% do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020. Este é o maior número registrado nos últimos 12 anos.
O número referente à mais de 11 mil km² de área desmatada é o primeiro dado divulgado pelo INPE que está sob total responsabilidade do atual presidente Jair Bolsonaro e de sua gestão. Diante da divulgação dos números, alguns representantes do governo comentaram sobre.
Desmatamento crescente e Salles se pronuncia
Os dados divulgados pelo INPE nesta segunda-feira (30) representam os números preliminares sobre o desmatamento registrado na Amazônia através de imagens de satélites. Os principais números representam cerca de 11.088 km² de área desmatada, o equivalente a quase dois territórios do Distrito Federal.
Dados oficiais serão divulgados apenas em 2021, mas através do site do INPE já é possível ter acesso a imagens que demonstram o crescimento significativo das áreas mesmo com ação do Exército Brasileiro na floresta, por meio da Operação Verde Brasil 2. A área desmatada é a maior registrada na última década e preocupa especialistas.
Sem citar metas, o ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente afirmou que teria como pretensão eliminar o desmate ilegal, utilizando “estratégias”. Mas, com o enfraquecimento de medidas protetivas por parte do governo, o número não impressiona e preocupa sobre o futuro.
Visita do vice-presidente Mourão ao INPE
Os novos dados foram divulgados durante visita do vice-presidente Mourão ao INPE e contou também com a presença do chefe de Conselho da Amazônia e do ministro da Ciência e Tecnologia. Após os dados serem divulgados, Mourão afirmou que “podia ser pior ainda” pois o governo previa um aumento de até 20%.