A Disney anunciou nesta segunda-feira (12) uma grande reorganização interna e estratégica em suas divisões de conteúdo e streaming. Agora, a companhia toma suas próprias produções como prioridade em seus negócios devido ao impacto financeiro sofrido com a pandemia do coronavírus.
A fim de restaurar suas fontes de receita, uma nova segmentação criada, que foi nomeada de “Distribuição de Mídia e Entretenimento”, irá ser responsável por cuidar da monetização e da distribuição de todos os conteúdos da empresa, bem como de todas as operações de streaming.
Com os cinemas ainda fechados, o grupo organizou uma nova estratégia de lançamento. A criação de conteúdo será distribuída a três grupos: estúdios, entretenimento geral e esportes. Todas as mudanças e decisões tomadas entrarão em vigor durante o primeiro trimestre fiscal de 2021.
Segmentação em produções pode favorecer distribuição
Uma vez que a área de produção da Disney é separada da área de distribuição, facilita o “empacotamento” das obras originalmente produzidas para TV ou para os telões, facilitando assim a adaptação da obra para qualquer tipo de plataforma de acordo com as necessidades estratégicas.
A companhia disse que a mudança tornará a plataforma mais sensível às necessidades do consumidor. É importante destacar que além da Disney+, que conta com mais de 60 milhões de assinantes, a empresa também controla os serviços Hulu e ESPN + nos Estados Unidos.
A decisão foi tomada quando alguns investidores, incluindo o Third Point Capital Hedge Fund, de Dan Loeb, pediram à empresa que encerrasse seu dividendo anual e reinvestisse os US$ 3 bilhões em mídia streaming. No entanto, as recentes notícias não incluíram alterações no pagamento.
Disney+ tem gerado lucros significativos
Após anunciar um prejuízo de US$ 3,5 bilhões no último balanço divulgado, referente ao segundo trimestre de 2020, a Disney relatou quedas no licenciamento de suas mercadorias, bem como em seus negócios referentes ao varejo.
Porém, o que concerne ao Disney+, a plataforma tem sido considerada como uma estrela emergente na produção de receitas. Em agosto, a empresa informou que mais de 100 milhões de pessoas assinaram suas plataformas, sendo 50% apenas do principal serviço.
Plataforma será lançada em novembro no Brasil
A chegada do serviço de streaming da Disney, que concorre com Netflix e Prime Video, está programada para ocorrer em terras brasileiras no dia 17 de novembro deste ano, em um lançamento conjunto com a América Latina, um ano após da sua estreia nos Estados Unidos.
A data de lançamento foi anunciada pelo perfil verificado @DisneyPlusBR no Twitter. Eles brincaram que a data vazou com antecedência, retuitando em seguida a notícia da Disney + Latinoamérica, datada de 17 de novembro. O preço ainda não foi confirmado, mas fãs especulam que seja por volta de R$ 28,99 por mês.