Os desenvolvedores de Smart Speakers não faziam ideia do auxílio que os pequenos dispositivos iriam dar aos agentes da polícia. Os aparelhos como Alexa ou Google Nest vem ganhando fama nas investigações criminais.
Inicialmente, os Smart Speakers foram criados para auxiliar os seres-humanos em atividades básicas como tocar uma playlist, sistema de buscas e entretenimento. Mas isso mudou desde que um dos aparelhos ajudou em uma investigação.
O primeiro caso ocorreu quando uma agência policial pediu ajuda à equipe de Jeff Bezos para obter informações sobre um caso de homicídio. Inicialmente, a empresa recusou o pedido, mas acabou cedendo as gravações.
Smart Speakers em operações policiais
Desde o acontecimento do caso com a equipe do Amazon, os dados coletados de Smart Speakers têm crescido em unidades policiais. Até mesmo advogados de defesas estão utilizando o apetrecho para comandar investigações.
Em entrevista à revista Wired, o analista forense Lee Whitfield explica como a polícia faz utilização dos dados coletados nos registros de informações dos Smart Speakers e outros dispositivos semelhantes.
“A polícia já atuou em uma apreensão de drogas em uma residência utilizando apenas dados de um alto-falante inteligente. Na ocasião, eles conseguiram identificar e prender o traficante em questão somente consultando o seu histórico recente no aparelho”, explicou Lee Whitfield.
Solicitação de dados do Smart Speaker
Com o avanço da tecnologia, é normal surgir questionamentos se estes aparelhos vigiam os usuários. Não há uma resposta concreta sobre isso, pois nenhuma fabricante já se pronunciou sobre o assunto.
No entanto, qualquer entidade pode acessar os dados de um Smart Speaker. Mas, antes mesmo do acesso, o speaker sinaliza ao usuário que alguém está pedindo permissões para a análise do histórico.
A Amazon divulgou que no primeiro semestre de 2020 já recebeu mais de 3000 solicitações de investigações policiais, sendo que 2000 delas foram atendidas. Em comparação a 2016, a demanda aumentou 72%.