Nesta terça-feira (17), durante reunião do Brics, grupo de países que engloba Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, documentos foram mostrados sobre ação do governo federal facilitando a exportação ilegal de madeira.
Antes dessa informação ser divulgada, várias organizações não governamentais e instituições já haviam entrado na Justiça em junho deste ano para conter essa ação ilegal, além de ir contra uma medida imposta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Instituições como GreenPeace Brasil, Instituto Socioambiental e Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente se mostraram contra a proposta de Eduardo Bim, presidente do Ibama, sobre a flexibilização de normas para a exportação de madeira brasileira.
Entidades ambientais agem para um novo mecanismo de fiscalização
Enquanto isso, a ação das entidades ambientalistas estava sendo reportada pelos portais ‘O Estado de S.Paulo’ e o ‘Jornal da Nacional’, ao mesmo momento que madeireiras do Pará estavam pedindo uma alteração de regra no Ibama.
O intuito das empresas era de querer vender o material para o exterior apenas apresentando o documento de origem florestal, executado pelas próprias empresas, cujo documento só serve para permitir o transporte de mercadorias até o porto.
Essa ação foi julgada pelas três entidades que afirmaram que o Ibama havia permitido a extinção de um fiscalizador ambiental para controlar a exportação de cargas, e que por isso, era melhor que se estabelecesse uma nova dinâmica de fiscalização.
Bolsonaro afirmou divulgar países que compram madeira do Brasil
Além disso, durante a reunião, o presidente Jair Bolsonaro informou que iria divulgar a lista de países que condenam o Brasil pela ação ilegal, mas que incentivam essa atitude comprando a madeira brasileira.
Apesar da polêmica gerada pela fala do presidente, a GreenPeace em nota ao portal G1 disse que mesmo assim, o governo Bolsonaro busca apontar o erro para outro país ou outras pessoas, ao invés de admitir que, segundo a ONG, o governo facilitou todo esse processo.