Dólar em alta? Conheça os motivos

Não é novidade para ninguém que o dólar está em alta já há algum tempo, acumulando ganhos extraordinários comparados a taxa de câmbio da moeda brasileira, o real.

A moeda norte-americana vem gerando debates entre economias e também curiosidade da população em geral, pois querem saber o porquê do valor do dólar estar tão alto.

Atingindo níveis nunca antes vistos, o alto valor nominal do dólar acaba influenciando diretamente a vida de investidores e do povo brasileiro, pois, devido ao preço em que a moeda estrangeira está sendo comercializada, isso acaba também influenciando no dia a dia da população.

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Quer saber os motivos da alta do dólar e quais as consequências dela para o povo brasileiro? Venha e confira o que faz com que a moeda se valorize tanto dentro do cenário global.

Conflito entre EUA e Irã

No início do ano, os Estados Unidos acabaram entrando em confronto com o Irã o que deixou a população mundial em estado de alerta, incluindo os investidores.

Apesar de não terem entrado em um conflito militar aberto – aconteceram mais ameaças de ambos os lados do que ataques propriamente ditos -, a tensão criada entre os países deixou o mercado cauteloso, barrando possíveis investimentos que aconteceriam nesse período.

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Mas por que esses investimentos não aconteceram? O Brasil é um país emergente dentro do contexto econômico global, qualquer investimento externo que venha para cá.

Dentro de um cenário instável, como o do início do ano -, é considerado de risco, o que ocasionou em baixos investimentos externos e, consequentemente, a baixa da nossa moeda e a alta da deles.

A pandemia

Quando a situação entre os países ficou mais amena, o mercado voltou a ficar em alerta de novo: uma pandemia, surgida na China, começava a se espalhar pelo globo. Mas por que esse vírus interfere diretamente no preço do dólar?

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A China, epicentro da doença, é uma participante importante no cenário comercial global. Com o surgimento desse vírus, a economia chinesa sofreu uma turbulência, e como muitos países dependem da exportação e importação do mercado chinês, essa turbulência acabou afetando outros países ao redor do mundo, em efeito dominó.

Os Estados Unidos, por ter uma moeda sempre estável no cenário global, se tornou uma espécie de investimento de segurança para os investidores, fortalecendo ainda mais sua moeda. Já o Brasil, que não apresenta uma moeda tão forte internacionalmente, sofreu com os problemas de importação e exportação causados pela alta do dólar.

A questão do petróleo

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O cenário se tornou mais sombrio com a queda do preço do petróleo, consequência do imbróglio entre Árabia Saudita e Rússia.

Buscando encontrar uma saída para o impacto da chegada do vírus, alguns países tentaram regular a produção de petróleo, porém, a Rússia não concordou com a abordagem de cortes de produção, o que ocasionou em medidas drásticas tomadas pela Árabia Saudita, que aumentou a produção de petróleo.

Com o aumento da produção, o preço do barril despencou, atrapalhando o comércio da Rússia com outros países. Com os carros circulando menos, o consumo de combustível também diminuiu, gerando estoque do produto e desvalorização do mesmo. Isso também contribuiu para a desvalorização do real no cenário mundial, pois gerou instabilidade no mercado.

Como isso afeta o dia a dia do brasileiro?

Não existe previsão de queda do valor do dólar, que atualmente tem seu valor girando em torno de R$5,40. Fica difícil para o brasileiro ter uma previsão de melhora com o cenário atual.

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Devido aos problemas de exportação e importação de mercadorias, o investidor brasileiro fica de mãos atadas com a situação. É muito caro trazer produtos de fora e o comércio interno está enfraquecido sem políticas públicas que o incentivem ou o ajudem a sobreviver.

Com o dólar atual em um valor muito alto, fica impossível de se trazer produtos de fora sem o preço elevado, o que aumenta o preço desses produtos também nas prateleiras dos supermercados. Com isso, fica evidente a necessidade de se valorizar o produtor nacional, tornando o país cada vez menos dependente de mercadorias externas para sobreviver.