Uma série de violências têm atingido o norte de Moçambique há 3 anos, e neste momento o país tem enfrentando o auge com episódios de decapitações, assassinatos e sequestros. Mulheres e crianças tem sido o alvo sendo raptadas em vilarejos na região de Cabo Delgado, onde se encontra uma vasta quantidade de rubi e de gás natural.
O comando dessas ações tem sido feita por grupos jihadistas, os quais têm transformado campos de futebol em campos de execução. No dia 09 até o dia 12 de novembro 11 deste ano 50 pessoas foram decapitadas.
O que agrava a situação é que os acontecimentos não são novidade. Desde 2007 cerca de 2 mil pessoas foram mortas e mais de 400 mil ficaram desabrigadas devido a uma guerra em uma província de maioria muçulmana.
População local tem sofrido com os ataques do grupo
O movimento insurgente que tem se alastrado por Moçambique resultou em um momento de crise para a população local. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas, passando fome e sobrevivendo com o mínimo, reverberando um contexto de miséria e indigência.
Conforme a organização não governamental Anistia Internacional, é estipulado que mais de 300 mil pessoas possam passar fome no meio desse conflito. Além disso, a instituição tem condenado tanto as ações do grupo al-Shabab quanto do governo de Moçambique, que age também sob violência, torturando e perseguindo os opositores.
Alistar jovens para a guerra e difundir domínio islâmico
O al-Shabab está ligado ao Estado Islâmico, cujo 17% dos membros falam a língua portuguesa em alguns de seus vídeos promocionais. O grupo tem se aproveitado da situação vulnerável que o norte do país se encontra para recrutar jovens para sua guerra e propagar o domínio islâmico.
Diante disso, a atuação do grupo jihadista moçambicano nos últimos anos tem sido atacar vilarejos remotos, planejando armadilhas contra patrulhas do Exército em estradas isoladas e espalhando momentos de terror por comunidades pobres e rurais, forçando a saída de mais de 200 mil pessoas de suas casas.