Lançada em 2004, o Facebook é a maior rede social virtual existente e já alcança mais de 2 bilhões de usuários. Atualmente, a plataforma é uma das formas mais utilizadas entre os que usam a internet para se conectar a outras pessoas.
A responsabilidade de ser a maior rede social da atualidade gerou e continua gerando algumas problemáticas para seu dono, Mark Zuckerberg. O mesmo já esteve envolvido em processos de roubo de dados de usuários e é frequentemente criticado por comportamentos inadequados na rede.
Em recente relatório de transparência, o Facebook identificou mais de 20 milhões de conteúdos que continham discursos de ódio no 3º trimestre de 2020. O mesmo relatório também indicou que a cada 10 mil visualizações, 10 ou 11 delas continham conteúdos do tipo.
Discurso de ódio na rede social
O Relatório de Transparência dos Padrões de Comunidade divulgado na última quinta-feira (19), revelou dados sobre o uso do Facebook e também do Instagram, outra rede social que pertence ao grupo.
Nos dados divulgados foi possível registrar cerca de 28,6 milhões de conteúdos que contém discurso de ódio em ambas as redes sociais no 3º trimestre do ano de 2020.
Além destes números, o relatório também apresentou números específicos sobre outros conteúdos considerados inapropriados e que violam os termos e políticas de uso das redes. Nele foi possível contabilizar os seguintes dados:
- 23,3 milhões de conteúdos violentos e gráficos;
- 13,4 milhões de conteúdos envolvendo nudez infantil e de exploração sexual;
- 6,1 milhões envolvendo conteúdos de bullying e assédio;
- 1,3 milhão envolvendo suicídios e automutilação.
Inteligência artificial ajuda a identificar esses conteúdos
Com um aumento considerável nos números, comparados à outros relatórios realizados anteriormente, o Facebook informou que este aumento está associado diretamente com os números de detecção de conteúdo realizados através das ferramentas de inteligência artificial que realizam parte da moderação em seus aplicativos.
A companhia informou que, atualmente, a inteligência artificial identifica cerca de 94,7% do discurso de ódio removidos. No ano passado, o número era equivalente à 80,5% e em 2017 era de apenas 24%.