De acordo com uma reportagem recente do New York Times (NYT), funcionários terceirizados do Google foram ilegalmente prejudicados porque se filiaram a um sindicato. A reclamação veio do National Labor Relations Board (NLRB).
Em setembro do ano passado, aproximadamente 90 funcionários da HCL America, subsidiária de uma gigante indiana do software, ingressaram na American Steelworkers Federation a fim de conseguirem melhores condições de trabalho.
Eles forneciam serviços sob um contrato de terceirização do escritório do Google em Pittsburgh, Pensilvânia, e afirmaram que seus salários eram 42% mais baixos do que o salário dos funcionários da Big Tech. A agência federal que relatou é responsável por supervisionar as relações de trabalho nos EUA.
Para NLRB, HCL agiu com hostilidade
Após a denúncia, segundo funcionários, ao contrário do que se esperava, o ambiente de trabalho apenas entrou em declínio. A NLRB acusou a HCL de ter lidado e encarado a sindicalização com hostilidade, retaliando os trabalhadores por conta das reivindicações realizadas.
Como exemplo, eles relataram que os gerentes das empresas começaram a perguntar sobre as atividades sindicais de seus colegas, e até chegaram a culpar a American Steel Workers Federation por atrasos nos salários e pela carência de promoções.
Transferências de funções são uma das principais acusações
No entanto, uma das principais alegações é que a empresa começou a transferir as funções de sindicalistas para uma filial na Polônia, reduzindo assim a responsabilidade dos empregados de escritório e restringindo a sua participação em cursos de formação.
“A administração prefere infringir a lei do que negociar de boa-fé, e tem corroído sua força de trabalho em Pittsburgh ao mover descaradamente o trabalho feito aqui para sua unidade em Cracóvia, na Polônia”, afirmou Joshua Borden, um dos trabalhador ativo no sindicato.
HCL America negou acusações existentes
Em resposta ao New York Times, a HCL America afirmou que essas alegações são infundadas, e em seguida garantiu que nenhum emprego foi, de fato, transferido de Pittsburgh para a Polônia. Completando, acrescentaram que a empresa é global e está continuamente empregando.
As relações trabalhistas são um problema para o Google. Nos últimos anos, a empresa enfrentou protestos sobre salários e condições de trabalho, o que a levou a exigir que os empreiteiros paguem aos funcionários pelo menos US$ 15 por hora e forneçam seguro saúde.
Caso não ocorra um acordo antecipado entre a empresa com os funcionários, o caso da HCL deve ser transferido para um novo julgamento que, provavelmente, irá ocorrer em fevereiro do ano que vem.