Greve dos Correios – Serviço postal volta nesta terça-feira (22) com reajuste nos benefícios trabalhistas

Recentemente, foi anunciado pela gestão dos Correios que seria cortado uma parte dos benefícios trabalhistas dos colaboradores da estatal. Com isso, uma greve trabalhista foi iniciada e se suspendeu até esta segunda-feira (21).

Na tarde desta segunda-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou virtualmente, em conferência, um reajuste salarial de 2,6% aos funcionários da Empresa Brasileira Correios e Telégrafos (ECT ou Correios). 

O dissídio coletivo foi solicitado pela própria empresa, que estava tentando declarar abusiva a greve dos empregados. Aqueles que estavam paralisados desde o dia 17 de agosto, devem retomar as atividades a partir desta terça-feira (22).

Greve dos Correios - Serviço postal volta nesta terça-feira (22) com reajuste nos benefícios trabalhistas
Fonte: (Reprodução/Internet)

Multa de 100 mil aos trabalhadores grevistas

Em transmissão no Youtube, os ministros do TST concluíram que a greve trabalhista dos Correios não foi abusiva. Portanto, apenas metade dos dias em greve serão abatidos nos salários dos funcionários. Caso os grevistas não voltem às atividades até a data estipulada, estarão sujeitos a uma multa diária de R$100 mil

A sessão foi esclarecida pela ministra relatora Kátia Arruda, após tentativas de solução que não deram certo. A magistrada declarou voto contrário da greve como abusiva, justificando-se que essa foi a única solução encontrada pelo proletariado para assegurar os seus direitos trabalhistas.

 “É a primeira vez que julgamos uma matéria em que uma empresa retira praticamente todos os direitos dos empregados”, explicou Kátia Arruda. 

O início da greve dos Correios de 2020

A greve trabalhista teve início após os trabalhadores dos Correios serem pegos de surpresa com a revogação do atual Acordo Coletivo, que até então estaria em vigência até 2021. No mês de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu 70 das 79 cláusulas do acordo a pedido do serviço postal. 

Segundo a gerência da empresa, não seria possível manter as “altas” despesas, assim sendo necessário discutir os benefícios que foram proporcionados em outros momentos, pois não condizem com a realidade atual do mercado. Em negociação, foram mantidas nove cláusulas, entre elas estão plano de saúde e auxílio-alimentação. 

Para a ministra Arruda, os argumentos dos Correios ainda devem ser contestados, visto que a empresa teve uma grande taxa de lucro no primeiro semestre de 2020. A estatal lucrou por conta da alta demanda de pedidos que foram registrados durante a pandemia.