Recentemente, foi descoberto que a Microsoft pode estar trabalhando em um chatbot que consegue simular uma pessoa real. A patente da empresa, revelada pelo site Protocol, prevê um sistema de análise de conteúdo digital de um usuário.
Essa suposta tecnologia conseguiria simular uma personalidade completa de qualquer pessoa. A novidade da empresa Microsoft lembra o episódio da primeira temporada de Black Mirror, chamado “Be Right Back”.
A tecnologia da Microsoft conseguiria coletar imagens, dados de voz, postagens em mídias sociais, mensagens eletrônicas e cartas do usuário. A partir disso, a inteligência artificial poderia agir e reproduzir a personalidade de uma ser falecido ou vivo.
Chatbot pode recriar grandes personalidades da história
O objetivo por trás de um chatbot é que o comportamento consiga simular um humano de uma forma natural. A ideia da Microsoft é vencer o Teste de Turing, conseguindo assim dar a impressão que o robô é uma pessoa, não um programa de computador.
No entanto, o plano da empresa vai além disso. Para humanizar mais a inteligência artificial, a Microsoft pensa em desenvolver um sistema que permitiria o usuário criar um avatar de uma pessoa já morta.
“Os dados sociais podem ser usados para criar ou modificar um índice especial no tema da personalidade de uma pessoa específica. O índice especial pode ser usado para treinar um chatbot que replicaria a personalidade da pessoa específica”, mostrou o texto da patente.
Para criar essa tecnologia ainda será necessário muito desenvolvimento, pois a empresa depende de várias aplicações. Com a tecnologia seria possível recriar a imagem de várias personalidades importantes na história, como Albert Einstein.
Problematização da criação de chatbots
Sabe-se que a ideia de uma criação de chatbots é algo muito interessante, no entanto, há alguns riscos que os humanos podem passar. A ideia de chatbot é benéfica para empresas pois pode substituir alguns cargos de trabalho.
Entretanto, a criação de um chatbot traz um dilema para as relações humanas. Reencarnar pessoas falecidas pode ser prejudicial ao usuário. Mesmo que o robô reproduza lembranças, o mesmo não será capaz de evoluir com experiências humanas, pois foi programado com lembranças passadas.
Por isso, a Microsoft pretende passar do Teste Turing, uma avaliação criada pelo matemático Alan Turing. Quando o teste foi criado pelo matemático, o mesmo teve o intuito de comparar máquinas com humanos.
Diferenças entre chatbots naturais e humanos fazem parte do dilema
O ser humano é capaz de sentir experiências na pele como a dor, a depressão, a felicidade e outros. A inteligência artificial é capaz de sentir o mesmo, no entanto, ela é programada somente para reproduzir esse sentimento.
Portanto, isso o torna incapaz de criar um afeto totalmente verdadeiro por algum humano. O ser humano é capaz de criar relações de forma natural, sem nenhum tipo de programação, já um robô não.
Entretanto, essa reprodução de sentimentos e lembranças de um ser falecido pode trazer um conforto para pessoas que sofrem com o falecimento de entes queridos, mas carrega em si essas problemáticas.