Durante uma reunião que ocorreu nesta quinta-feira (8), o Ministérios da Saúde firmou um acordo para que haja o investimento de R$ 92 milhões, no Instituto Butantan, a fim de ampliar o espectro de capacidade referente ao número de vacinas que serão fabricadas contra a Covid-19.
Outra meta do investimento é alavancar a fabricação e a distribuição do composto de imunização CoronaVac, fórmula criada e desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, e que foi testada em terras brasileiras a partir de uma parceria do local com o governo de São Paulo.
De acordo com informações da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o encontro fechou que o compromisso de investimento ocorra depois da conclusão da fase 3, ainda em andamento no país. Nela, será definido a eficácia da vacina e se a mesma pode ser distribuída no Brasil.
CoronaVac não possui data de entrega
Mesmo com as informações anunciadas, por enquanto ainda não é possível prever quando essa resposta irá chegar. Segundo os pesquisadores, é esperado uma reunião de cerca de 60 casos de Covid-19 entre voluntários, de modo a observar a distribuição dos casos entre o grupo que foi imunizado e o que recebeu placebo.
Se esses casos estiverem concentrados principalmente no grupo de placebo, a vacina é eficaz. Se não houver diferença significativa, não funciona. Como não há controle sobre quando esses casos se acumulam, não há como especificar um prazo específico para a publicação dos resultados.
Dória continua dando prazos otimistas
Em contrapartida, o governador João Dória segue afirmando que até novembro obterá as respostas necessárias em mãos, para poder assim solicitar o registro à Anvisa e dar início a vacinação a partir de 15 de dezembro. A agência já se encontra analisando os dados das fases anteriores.
Vacina terá produção nacional após entrega escalonada
O acordo entre o governo de São Paulo e a Sinovac prevê que a entrega será distribuída para grupos prioritários: primeiro os profissionais de saúde, depois professores e após para pacientes com comorbidades. Espera-se que mais 14 milhões de doses sejam entregues até fevereiro de 2021.
A partir do próximo ano, o acordo firmado com o Instituto Butantan também dará início à produção local, fundamental para abastecer o mercado nacional e vacinar o restante da população. O instituto deve produzir 100 milhões de doses do CoronaVac a cada ano, e o investimento do Ministério da Saúde ajudará a atingir essa meta.