Já parou para pensar em como as coisas estão mudando cada vez mais rápido no passar dos anos? Seja para abrir uma conta corrente, pagar um boleto, conversar com os amigos, e uma das maiores mudanças é na maneira como se consome o entretenimento.
Com o passar do tempo praticamente tudo que fazemos está migrando para o mundo digital, tanto que a maior empresa de hospedagem não possui nenhum quarto e a maior empresa de transporte não possui nenhum carro, que é o caso da Uber e Airbnb.
Tanto que, na antropologia há uma obra chamada “antropologia do ciborgue” que fala que o digital está se tornando uma extensão do ser humano, de forma que diferenciar onde acaba a tecnologia e começa o ser humano tem ficado mais complicado.
E na sociologia, Manuel Castells defende que vivemos em uma sociedade em redes, isso é, uma sociedade interligada por redes onde as fronteiras econômicas estão desaparecendo com o tempo.
Dando um passo atrás
Para assistir um filme, até 2011 as melhores opções eram comprar o filme (Lojas Americanas se destacavam, especialmente pelo preço), ou ir à uma locadora e alugar aquele filme, torcendo para que ele não estivesse alugado por outro (uma opção era reservar o filme, para ter a certeza que a viagem não seria perdida).
Conversar? Só pelo computador com acesso à internet (lembra do MSN?). E jogar FIFA com o amigo online, cada um na sua casa, não era algo possível, isso é, para jogar aquele campeonato de FIFA com os amigos todos precisavam ir para a casa daquele que tinha o videogame.
Apenas a título de curiosidade, algo que não mudou tanto, foi o consumo de livros, de forma que em uma pesquisa divulgada no site exame.abril mostram que, de 2014 para a previsão de 2023, que o digital foi de 2% para 7%, pouca diferença, tendo em consideração o tempo.
Ah, se você ficou curioso por que ali em cima foi falado de 2011, sobre as melhores opções para se assistir um filme, é que esse foi o ano que a Netflix chegou ao Brasil.
Qual o quadro de hoje?
Ainda de acordo com a pesquisa elaborada pela consultoria PwC, o destaque para os últimos anos e a tendência do mercado está na pesonalização que o consumidor procura, isso é, experiências que estejam adaptadas ao que ele prefere, ao seu horário e contexto.
Com isso, a quantidade de dispositivos conectados está em constante crescimento, então, as organizações usam os dados gerados (Big Data) para analisar os padrões dos consumidores na hora de lançar novos produtos, tanto que tem até mesmo como ganhar dinheiro respondendo questionários, com o Google Opinion Rewards.
Com a evolução no processo de coletar os dados gerados pelos aparelhos digitais e nos sistemas de análises desses dados, os produtos têm se tornado cada vez mais específicos para determinado público alvo, se tornando cada vez mais personalizado para um certo grupo de consumidores.
Tendências futuras
A tendência é que, a cada dia, o consumo se torne ainda mais digital, você deve imaginar, contudo, outra mudança significativa que foi percebida por uma pesquisa realizada pela Comscore é que, além de ser cada vez mais digital, o conteúdo é consumido cada vez mais pelo mobile (celular).
De forma que o entretenimento têm se tornado cada vez mais digital e, com isso, cada vez mais o consumidor “personaliza” seus produtos segundo o seu gosto e, consequentemente, as organizações investem cada vez mais na coleta e análise desses dados, para se encaixar nessa demanda.
Se quiser ver alguns dados e informações mais específicos, pode dar uma olhada nos dados levantados pelas pesquisas que foram citadas ali em cima, a da PwC no site exame.abril e a pesquisa da Comscore.