Na sexta-feira (18), o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, afirmou que a privatização da estatal “já está em andamento”. Em entrevista à jornalista Carla Araújo, no UOL, o general afirmou que há pelo menos cinco empresas interessadas nos Correios.
Recentemente, foi espalhado rumores de que a empresa de entrega de encomendas estaria em processo de privatização. Com isso, a Amazon, o Alibaba, o Mercado Livre e a Magazine Luiza mostraram interesse na companhia de entregas.
Segundo Peixoto, a privatização dos correios beneficiará os consumidores e otimizará as entregas das encomendas. No entanto, os trabalhadores da empresa não concordam com a novidade.
Primeira parte da privatização já está sendo feita
Na quarta-feira (16), o ministro das comunicações Fábio Faria, informou que a Magazine Luiza, o Amazon, o FedEx e o DHL planejavam comprar os Correios do Brasil. No entanto, nenhuma das empresas comentou a declaração do executivo.
Segundo o Floriano Peixoto, uma consultoria contratada pela estatal disponibilizará a primeira parte das pesquisas de viabilidade financeira dos Correios até novembro deste ano. O general conclui que a iniciativa faz parte dos planejamentos de enviar um projeto de lei para apreciação do Congresso Federal.
Depois de enviado, os parlamentares terão total controle para discutir o rumo do serviço postal. Para o executivo, a capilaridade da empresa em todo o Brasil representa um dos maiores ativos da empresa. O presidente dos Correios ainda destacou que a longa experiência acumulada é um diferencial.
Corte dos benefícios trabalhistas
Ainda em entrevista, Floriano comentou sobre a greve nacional dos funcionários dos Correios, que está ocorrendo desde 17 de agosto. O movimento tem o intuito de manifestar contra o corte de benefícios trabalhistas dos funcionários. Além disso, os manifestantes se opõem à privatização da estatal.
Um processo de Dissídio Coletivo de apoio à greve foi protocolado frente ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final do mês de agosto. Floriano Peixoto afirma que a companhia espera resolver a situação e que a greve trouxe prejuízos econômicos e à imagem da companhia de serviços de entrega.
A previsão dos Correios é que o plano de cortes de benefícios dos funcionários resulte em uma economia de R$800 milhões por ano. O executivo disse a equipe do site UOL, que embora tenha registrado um aumento dos lucros nos últimos anos, ainda há uma “dívida” de R$2,4 bilhões a ser compensada.