O auxílio emergencial de três meses foi uma alternativa do Ministério da Economia para ajudar brasileiros no período de paralisação dos serviços. No meio do caminho a alternativa trouxe muitos problemas. O que visava ser uma ajuda desencadeou algumas dificuldades no alcance a pessoas sem internet, sem conta, fora do CadÚnico e mais.
A paralisação foi uma recomendação das organizações de saúde para conter as taxas de contágio que só crescem no país. O auxílio surgiu como uma oportunidade para muitos de obterem uma renda nesse período em que comércio e atividades não essenciais continuam paradas. Atualmente, estados já liberam algumas atividades, porém segue a saga do auxílio.
O valor de 600 reais ficou disponível para aqueles que são trabalhadores informais, desempregados e pessoas de baixa renda que preencherem um cadastro. Na plataforma, muitos enfrentaram problemas no cadastro, no recebimento , outros, e o governo se viu em uma situação complicada.
Saiba mais sobre os principais problemas enfrentados.
Problemas no auxílio
Houve falhas no auxílio emergencial que custam ao governo algumas medidas que precisam ser resolvidas com urgência. Especialistas da empresa Locomotiva já consideram que a paralisação levou muitos brasileiros a pobreza e problemas no recebimento se tornam mais graves.
Desde a criação dos canais de acesso e início dos cadastros, o sistema apresentou demora na análise. Foram identificados que os pedidos e SMS enviados sobre o processo dos usuários cadastrados não refletem com precisão em que ponto está o cadastro. Também há casos de mães chefes de família não conseguiram realizar a solicitação do auxílio em dobro a que têm direito.
As falhas no processo de solicitação e operação do sistema não pararam por aí. Foram relatos também de mais de mais de 12 milhões de brasileiros que necessitam no início de maio refazer o cadastro. O aplicativo também apresentou falha no funcionamento e demora para realizar as operações.
Além dos problemas técnicos
Os problemas a serem enfrentados pelo governo não se dão apenas no sistema de cadastro . O auxílio ficou restrito a pessoas presentes no Cadastro Único, mas contavam mais de 11 milhões de pessoas que necessitavam da renda também, mas não estavam no CadÚnico.
Contas digitais foram a proposta da Caixa para gerir esse problema, contudo ainda assim constam 5,5 milhões de pessoas dentro das especificidades do programa, continuam sem acesso. O motivo é não possuir contas regulares e nem acesso a internet para realizar a as contas digitais da Caixa.
Os dados foram analisado pelo Instituto Locomotiva por solicitação do próprio governo. Para aqueles que tiveram seu auxílio liberado na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil tiveram que enfrentar outra questão: as filas quilométricas.
O auxílio, a aglomeração e a pandemia
Na imprensa a pandemia no Brasil revela dificuldades do governo e um paradoxo do auxílio que na tentativa de salvar quem estava paralisado em isolamento, aglomerou milhares de pessoas por todo o país. As filas foram vistas em banco e lotéricas de todo o país. Pessoas sem proteção das máscaras também foram vistas.
Enquanto há a luta para manter as contas e a família o auxílio demonstra falhar ao não chegar para todos e a não ter uma medida eficaz de distribuição para evitar a aglomeração. Sobre a pandemia, os governos estaduais variam sobre o posicionamento ao enfrentamento e as estatísticas sobem diariamente.
O Brasil já alcança queda no isolamento social e marca de 110 mil confirmados e mais de 7400 mortes. Segundo especialistas essa pode simbolizar uma das maiores crises de saúde e na economia demonstrando grandes questões que devem ser geridas pelo governo.