De acordo com a reportagem da Folha de S. Paulo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estabeleceu mais algumas regras para o leilão da quinta geração de internet. Nos novos requisitos, a chinesa Huawei não está descartada.
O governo federal tem se posicionado contra algumas tecnologias da China, aliando-se aos ideais estadunidenses. Recentemente, um representante americano compareceu ao Brasil para negociar um programa que visa o comércio do 5G que exclui o país asiático.
O relatório que contém as regras ainda não foi definido como permanente, mas deve ser após a análise de um relator da agência. Após a finalização do processo, o conselho da Anatel julgará as sentenças em janeiro de 2021.
Governo brasileiro ainda pode retirar Huawei do plano 5G
O leilão do 5G foi uma pauta adiada por conta da pandemia. As novas previsões apontam para que o evento ocorra em junho de 2021. Contudo, mesmo que o leilão já esteja em progresso, a nova rede móvel brasileira ainda sofre por incertezas.
Primeiramente, a política pode interferir na situação do 5G. O Governo Federal ainda pode banir a Huawei da disputa de frequências em território nacional. A aversão à companhia chinesa era mais presente durante a presidência americana de Trump, que sairá do cargo em dezembro.
O Brasil agora espera um posicionamento concreto de Joe Biden, novo líder de Estado eleito nos Estados Unidos. De qualquer modo, as operadoras e a Anatel já pronunciaram-se que a exclusão da Huawei traria prejuízo, pois trata-se de uma gigante fornecedora de redes móveis.
Nova frequência deve causar problemas em antenas parabólicas
Outras indagações sondam sob os recursos técnicos do 5G brasileiro. Uma muito abordada é que a quinta geração de internet pode interferir nas antenas parabólicas, pois a frequência utilizada na tecnologia, 3,5 GHz, gera o bug nas televisões de quem ainda não utiliza a antena digital.
Para resolver o problema seriam necessárias as instalações de filtros nas antenas. As proteções seriam disponibilizadas pelas operadoras vencedoras do leilão, e estas seriam distribuídas gratuitamente para mais de 20 milhões de telespectadores.
Outra alternativa para solucionar a adversidade seria que as empresas de satélites alterassem as suas frequências, método que foi utilizado nos Estados Unidos. Contudo, não se sabe se as responsáveis pelos satélites teriam de receber alguma quantia, e nem quem pagaria.