Nesta quarta-feira (2), o Reino Unido aprovou a vacina contra a Covid-19 produzida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. As autoridades britânicas ainda informaram que a imunização deve ser iniciada na próxima semana.
O serviço público de saúde do país, NHS, disponibilizará inicialmente um lote com 10 milhões de imunizantes durante todo o final de 2020. Na lista de prioridades para receber a vacina estão os profissionais da saúde e os idosos.
A vacinação será administrada em hospitais pois as condições de armazenamento do imunizante requerem um mantimento a -70° C. Ao anunciar o feito, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, considerou a novidade “fantástica”.
Pfizer agora busca aprovação por toda Europa
Em comunicado oficial, o primeiro-ministro, Boris Johnson, demonstrou-se otimista com a novidade. Segundo ele, a aprovação da vacina deve resgatar vidas e a economia do país. O Reino Unido conta com mais de 59.148 mortes, o maior número da Europa.
Ao todo, o governo britânico solicitou 40 milhões de doses da Pfizer, e como ela é aplicada duas vezes, será o suficiente para imunizar 20 milhões de cidadãos. De acordo com o órgão de regulação do país, o MHRA, a vacina fornece 95% de proteção contra o novo vírus.
Na terça-feira (1), as desenvolvedoras do imunizante solicitaram às nações europeias que a vacina receba autorização para o uso no continente. A previsão é de que até 29 de dezembro a resposta saia.
Brasil não possui estrutura para armazenamento da vacina
A proteção da Pfizer BioNTech não está sendo testada no território brasileiro. Ainda, o governo nacional ainda não realizou parceria com as farmacêuticas para aquisição das vacinas. Contudo, em novembro, executivos da Pfizer visitaram o Brasil.
Na visita, as autoridades brasileiras conheceram os resultados do imunizante, as formas de compra e a logística para o mantimento das mesmas. Na terça-feira (1), o Ministério da Saúde afirmou que não planeja utilizar vacinas que precisam de temperaturas baixíssimas para conservação.
De acordo com Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, o governo precisa de um imunizante que pode ser guardado em temperaturas de 2° C a 8°C, pois o sistema de vacinação da saúde brasileira possui este suporte em sua rede de frio.
Eficácia da vacina ainda não foi publicada cientificamente
No início de novembro, foi publicado pelas farmacêuticas que a sua aposta imune tem 95% de eficácia contra a Covid-19. Os dados correspondem aos estudos da terceira fase de testes. No entanto, os resultados ainda não foram publicados em revista científica.
A Pfizer afirmou que planeja produzir até 50 milhões de doses em 2020, e 1,3 bilhão de doses até o final do ano que vem. Em julho, os Estados Unidos compraram 100 milhões de doses da vacina, pelo custo de US$ 1,95 bilhão.