Segundo o vazamento de um relatório interno do Google, a companhia se encontra adotando novos planos para iniciar uma campanha contra o plano da União Europeia (UE) de controlar o poder das gigantes da tecnologia. As informações são da publicação francesa Le Point.
O documento em questão se trata de uma resposta direta a Thierry Breton, comissário francês, bem como a outros reguladores em Bruxelas, Bélgica, no que concerne suas novas metas de submeter uma nova Lei de Serviços Digitais que abrangem o continente.
Ainda de acordo com o texto, o Google apresentou um parecer extenso, referentes a dois meses, com o intuito de retirar as restrições irracionais que são relativas ao modelo de negócio, além de ter com objetivo redefinir a narrativa política em torno da proposta realizada.
Segundo documento, Google quer enfraquecer medida
O dossiê ainda relatou outras medidas adotadas pela gigante das buscas, como o plano de aumentar sua resistência contra Breton ao mesmo tempo em que planeja enfraquecer o apoio à legislação proposta em Bruxelas ao acabar com a ideia de que o DSA (Lei de Serviços Digitais abrangentes) é sem custo para os habitantes.
Além disso, há também o plano de revelar como o DSA impõe limites sobre o potencial da internet. A ação também indicou que o Google quer mais aliados a fim de influenciarem mais nos debates referentes à regulamentação, além do auxílio de programas europeus, como o Booking.com.
Em declaração ao portal Financial Times, o hospedeiro de viagens e serviços digitais foi altissonante ao afirmar que não possui nenhuma intenção de cooperar com a gigante das buscas na futura regulamentação do serviço da União Europeia, e que seus interesses são diretamente contrários ao da companhia americana.
Google apoia totalmente a DSA na Europa
Segundo afirmação de Karan Bhatia, vice-presidente do Google para assuntos governamentais globais e políticas públicas, a companhia apoia de maneira íntegra e contínua a defesa de uma DSA que visa garantir a contribuição da tecnologia, de modo a recuperar a Europa, bem como seu sucesso econômico no futuro.
Recentemente, Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da UE responsável pela concorrência política digital, disse que a separação das big techs não é a coisa certa a se fazer. Em resposta, o comissário francês acusou tais empresas de serem poderosas demais, e sugeriu um desmembramento.
A lei buscará legislar sobre várias questões, incluindo conteúdo jurídico, desinformação e transparência na publicidade. De acordo com o Financial Times, o projeto está previsto para começar no início de dezembro. A capital, Bruxelas, revisou as regras da Internet pela primeira vez em duas décadas.