Em recente decisão, o governo de São Paulo optou por ampliar de 9 mil para 13 mil o número de voluntários que serão testados de modo a verificar a capacidade, a segurança e a eficácia de potenciais vacinas contra a COVID-19 (SARS-CoV-2). Tais protótipos não param de ser estendidos.
A decisão foi tomada com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a pesquisa da vacina Coronavac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Devem ser incluídos ao estudo clínico voluntários de quatro cidades que cumpram as normas exigidas.
Centros de pesquisas das cidades de Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Barretos (SP) e Pelotas (RS) também fazem parte da ampliação dos testes no Brasil. Ela ocorre na terceira e última etapa antes da aprovação do imunizante e é coordenada pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
Voluntários para vacinação são ampliados
Para ser voluntário do estudo clínico contra o coronavírus, é preciso ser profissional da área da saúde e está ativo no trabalho atendendo pacientes com a COVID-19. Porém, a fim de ampliar a imunização, novas pessoas poderão se candidatar.
Pessoas que fazem parte do grupo de já infectados pelo novo vírus também poderão se voluntariar para a fase 3 do projeto, bem como pessoas com mais de 60 anos – grupo de risco até então proibido de participar. As restrições de participação permanecem para:
- Mulheres grávidas;
- Pessoas com doenças instáveis;
- Usuários de medicamentos que alterem a resposta imune.
Passos seguintes do estudo clínico
Caso o período de testes comprove a eficácia do protótipo, o governo de São Paulo pretende iniciar a vacinação ainda este ano, em dezembro. A expectativa é que a fase 3 já apresente os primeiros resultados na segunda quinzena de outubro.
Vale ressaltar que para ocorrer a iniciação dos testes, é necessária uma autorização de uso emergencial da fórmula pela Anvisa, que é responsável pela regulamentação da vacina.
Vacina será distribuída em dois protótipos
Para que haja um melhor resultado, bem como análises mais precisas, da vacina obtida, os pesquisadores optaram por dividir a distribuição em dois segmentos. No primeiro, pacientes serão vacinados com um composto inativado (apenas com fragmentos do coronavírus).
A imunização será aplicada em duas doses, para que o corpo humano obtenha a produção de anticorpos necessária para evitar a infecção do vírus da COVID-19. Porém, como dito, não serão todos os voluntários que receberão este primeiro composto de imunização.
A distribuição do segundo grupo será feita com outro compósito que não possui objetivo. Isso significa que metade dos voluntários irão receber um placebo, ou seja, uma substância inócua. Tal medida faz parte do estudo preventivo que é categorizado como randomizado duplo-cego.