Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Harvard em parceria com o Instituto do Câncer Dana-Farber, confirmou os resultados positivos e o sucesso na fase de testes de uma vacina contra o câncer de mama em seu estágio mais agressivo.
O estudo tem realizado ensaios clínicos em camundongos, e a conclusão dos testes apontou que a técnica usada foi capaz de destruir células cancerosas e a criar memória imunológica, que com isso passa a fornecer proteção contra o ressurgimento do tumor.
O principal foco de toda a pesquisa esteve voltada para o câncer de mama triplo negativo, o que representa 15% dos casos de câncer de mama em todo o mundo, sendo mais propício aparecer em mulheres jovens, além de ser considerado o mais ofensivo.
Vacina de Harvard é capaz de driblar ação cancerígena
A projeção de uma vacina para esta doença tem sido elaborada desde 2009, sendo que segundo suas recomendações, só será possível a aplicação somente quando o câncer já tiver instalado e com o paciente tomando medicação.
Nesse sentido, a principal estratégia do imunizante consiste em captar moléculas cancerosas e inserir nelas substâncias que o corpo possa reconhecer e posteriormente destruí-las. Posto isso, o procedimento visa driblar o ponto central do mecanismo de ação do câncer.
O ponto central age impedindo que o organismo identifique o crescimento irregular das células do paciente como uma ameaça. No entanto, a vacina de Harvard quer fazer com que o seu imunizante gere um efeito de quimioterapia com uma eficácia de longo prazo para a imunoterapia.
Desenvolvimento dos ensaios clínicos em camundongos
Ao longo da fase de testes em camundongos, os cientistas implantaram uma matriz de medicamentos na pele dos animais, que após isso tiveram a introdução da vacina nos pequenos órgãos do sistema linfático, os responsáveis por atuarem na defesa do organismo.
Devido a dupla estratégia em quimioterapia e imunoterapia, a matriz juntamente com a vacina resultou em seus componentes dois tipos de drogas: uma que incentiva o crescimento e a reunião de células defensivas do corpo e a outra que além de reunir células de defesa, consegue agir e matar células cancerosas.