Nesta segunda-feira (14), o governo dos Estados Unidos deve iniciar a vacinação contra a Covid-19 no país, utilizando o imunizante produzido pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, mesmo utilizado na vacinação britânica.
O plano deve ser posto em prática já que, neste domingo (13), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), instituição pública de saúde dos EUA, aprovou a vacina em questão.
O projeto prioriza alguns grupos, como o de profissionais de saúde, que devem ser os primeiros a serem vacinados. No sábado (12), Gustave Perna, general do Exército dos Estados Unidos, afirmou que 145 localidades receberiam as primeiras doses do produto nesta segunda-feira.
Vacina foi aprovada para uso emergencial
Em coletiva de imprensa, o general Gustave Perna, afirmou que a vacina da Pfizer/BioNTech seria distribuída em 145 regiões. Já outras 636 localidades norte-americanas devem receber doses na terça-feira (15) e quarta-feira (16).
O imunizante foi liberado pela CDC após a regulamentação emergencial da FDA, órgão regulatório estadunidense. Robert R. Redfield, diretor do CDC, comemorou a aprovação da vacina no momento em que os Estados Unidos volta a registrar altas nos casos da doença causada pelo novo coronavírus.
Na avaliação do CDC, divulgada no domingo, a vacina da Pfizer/BioNTech apresenta eficácia em cidadãos de todas as idades, e até mesmo em pessoas com condições consideradas como de risco. Pacientes já contaminados pela Covid-19 também são protegidos pelo imunizante.
Plano de vacinação dos EUA deve ser intensificado
Moncef Slaoiu, chefe da Operação Warp Speed, esta que planeja acelerar na produção e aprovação de uma vacina contra o novo coronavírus, disse que, até dezembro, os Estados Unidos planejam já ter distribuído 40 milhões de doses de vacina. O plano considera a da Pfizer e da Moderna, esta que passa pelo processo de aprovação emergencial.
Ainda de acordo com Slaoui, outras 50 a 80 milhões de doses seriam aplicadas em janeiro, e outra mesma parcela em fevereiro. No domingo, os caminhões chegaram com as primeiras doses do imunizante da Pfizer, em uma fábrica de Michigan.
O grande desafio da vacinação é de armazenar e transportar o líquido em -70° C, temperatura em que ele precise ser mantido. Sob essa condição, as primeiras doses foram guardadas em gelo seco, que mantém o imunizante na temperatura adequada por até 15 dias.
Outros países já encaminham imunização com a opção da Pfizer
Na semana passada, a Pfizer divulgou o estudo com os resultados preliminares da última e terceira fase de testes da vacina. De acordo com a pesquisa, o líquido apresentou 95% de eficácia, ou seja, 95% dos vacinados estarão efetivamente protegidos contra o novo vírus.
Também na semana anterior, o Reino Unido, o Canadá, o México, o Bahrein e a Arábia Saudita aprovaram o uso do imunizante da Pfizer. No Reino Unido, a vacinação já está acontecendo.
O Ministério da Saúde afirmou que o Brasil poderá começar a vacinação em dezembro ou em janeiro, caso a Pfizer conseguisse a aprovação do uso emergencial pela Anvisa. O governo ressaltou que já assinou um termo de intenção da compra de 70 milhões de doses da vacina.
Em contrapartida, o Brasil já declarou que não possui capacidade para armazenar imunizantes que necessitam de baixa temperatura de mantimento, como a da Pfizer.