A manhã de quarta-feira (25) foi marcada por um acidente entre ônibus e caminhão no interior de São Paulo que deixou cerca de 40 mortos e 11 feridos. Os números registrados preocupam o sistema de saúde do estado que sofre com a escassez de recursos.
Como forma de medida de emergência o secretário estadual de saúde fez um apelo à população pedindo para que pessoas se dirijam aos hemocentros do estado para realizar doações de sangue para as vítimas do acidente. A previsão é de que não será possível dar assistência necessária para as vítimas.
O plantonista da UTI para a qual as vítimas foram levadas afirma que foi necessário a transferência de algumas por falta de recursos na unidade de saúde presente na cidade mais próxima ao local em que o acidente ocorreu. “Orem por nós”, pediu o médico intensivista.
Maior acidente rodoviário nas rodovias de SP desde 1998
O acidente entre o caminhão e o ônibus marcou a história do estado também. Após deixar 41 mortos, o acidente é o maior em números de mortos nas rodovias de SP nos últimos 22 anos. O último registrado aconteceu em 1998, na Rodovia Anhanguera e deixou 55 mortos.
Após 22 anos, a colisão que matou dezenas e deixou o estado de São Paulo de luto aconteceu na altura de 72 km da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre as cidades de Taguaí e Taquarituba. Segundo a Polícia Militar, este é o maior acidente do ano nas rodovias do estado que deixou 37 mortos e 11 feridos.
Segundo os bombeiros que fizeram parte do resgate, o ônibus transportava cerca de 52 trabalhadores, além do motorista, de uma empresa têxtil. Por ter ocorrido em um local de difícil acesso, bombeiros e militares estão tendo dificuldades para retirar os corpos.
O Governo de São Paulo afirmou ter montado uma força-tarefa para identificar e liberar os corpos dos mortos para seus familiares o mais rápido possível.
Falta de recursos em unidades de saúde próximas ao acidente
A falta de recursos para atender as vítimas do acidente nas unidades de saúde de cidades próximas ao local da colisão preocupa médicos e a Secretária Estadual de Saúde. Esta falta fez com que algumas das vítimas tivessem que ser transferidas para outras duas unidades de cidades próximas.
Além disso, Jean Gorinchteyn, secretário estadual de saúde de São Paulo, pediu para que a população se mobilizasse para realizar doações de sangue para as vítimas. O mesmo afirmou que os estoques já estavam em estado crítico e que é possível que não seja possível dar a assistência necessária aos que precisam de transfusões sanguíneas.