A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou neste sábado (12) a volta dos testes da vacina contra o Covid-19 de Oxford no Brasil. Os testes foram paralisados depois que uma voluntária apresentou sintomas adversos.
O estudo que mostrou sintomas “sérios” foi comandado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, juntamente em parceria com o laboratório AstraZeneca. A testagem estava suspensa desde terça-feira (08) de setembro.
A instituição de ensino informou anteriormente que iria retomar os testes, mas não em um comunicado direto aos países participantes. Desde então, a Anvisa estava aguardando uma resposta de Oxford para a liberação da continuidade dos testes.
Milhares de voluntários receberam a primeira dose
Em nota, a Universidade afirmou que depois de avaliar os efeitos reversos da vacina, o conceito de “benefício x risco” estão andando juntos. Portanto, os estudos estão sendo retomados para um aprimoramento da imunização.
A vacina está na fase 3, ou seja, no estágio final de estudos, quando os pesquisadores analisam a eficácia e a proteção do imunizante. Segundo o Instituto Butantan, somente depois da finalização da terceira fase, e a obtenção de estudos sanitários que a nova vacina poderá ser disponibilizada.
Além do Brasil, mais outros 5 países estão participando do processo de voluntariado da vacina de Oxford. Em território nacional, a testagem está sendo comandada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que afirma que mais de 4,5 mil voluntários já receberam a primeira dose da vacinação.
Nenhum resultado adverso em brasileiros
Segundo o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Unifesp, até agora não foi relatado nenhum caso de reações adversas entre os participantes do Brasil. Porém, os voluntários estão sendo observados depois do caso mais recente.
“É importante destacar que a Anvisa continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes”, conclui a nota da Agência.
Na testagem, a Unifesp recebeu apoio financeiro da Fundação Lemann, uma ONG que trabalha com iniciativas de educação pública. Segundo Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann, a implementação do Brasil na testagem das vacinas contra o coronavírus é um marco importante para a nação.