A pandemia do novo coronavírus está se espalhando cada vez mais pelo globo, e o número de infectados já chega perto dos 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Boa parte desses infectados está no Brasil, pois o país já conta com quase 1 milhão e setecentos mil casos, e a estimativa para o futuro não é a das melhores a curto prazo.
Porém, uma notícia chamou atenção recentemente, pois o então presidente da república, Jair Bolsonaro, também testou positivo para o novo vírus.O caso foi repercutido pela impressa internacional e também encontrou algum alvoroço por aqui.
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Bolsonaro testa positivo para coronavírus
O atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, divulgou nesta terça-feira (07/07), que seu exame mais recente testou positivo para o novo coronavírus. A notícia pegou muita gente de surpresa, pois nenhuma suspeita havia sido divulgada anteriormente, como aconteceu com a especulação surgida em março.
Bolsonaro informou que chegou a ter febre de 38 graus e que sentiu dor no corpo e mal-estar, porém, já se encontra “perfeitamente bem”, nas palavras do mesmo. O presidente já informou que cancelou viagens que iria fazer a trabalho durante o período, e vai manter sua agenda por videoconferência no Palácio da Alvorada.
“Como uma chuva”
O presidente também deu declarações para a imprensa e apoiadores sobre o caso, além de informar sobre seu estado de saúde. O mesmo disse estar bem e que estava pensando até mesmo em fazer caminhadas, mas vai evitar a prática por conta de recomendações médicas.
Bolsonaro também fez declarações afirmando que o vírus é “como uma chuva”, e que “vai atingir você, né? Alguns não.” O presidente também afirmou que fez “chapa do pulmão”, e que não foram encontrados sinais de avanço da doença, que seu pulmão estava “limpo”.
Cloroquina
Bolsonaro afirmou estar se tratando com o uso da hidroxicloroquina para evitar o avanço da doença em seu corpo. O presidente afirmou que estava se sentindo melhor depois de tomar o medicamento, e que “a reação foi quase imediata” ao se medicar com cloroquina.
Ao dar entrevista comentando sobre o caso, o presidente chegou a retirar a máscara, contrariando recomendações médicas. Confira o vídeo:
Apesar de autoridades médicas não recomendarem o uso do medicamento, o presidente também afirmou que “[..] hidroxicloroquina na fase inicial a chance de sucesso é perto de 100%”.
Grupo de risco
Apesar de apresentar um quadro saudável, de acordo com ele mesmo, é importante ficar atento ao estado de saúde do presidente. Bolsonaro já faz parte do grupo de risco da doença, pois já tem 65 anos, e o vírus consegue abater com mais facilidade pessoas mais velhas.
O presidente falou sobre isso, e disse que é necessário “tomar cuidado, em especial com os mais idosos e que têm comorbidade”. Bolsonaro se encontrou com aliados recentemente, e os mesmos devem procurar fazer o exame logo. Até agora, os resultados que foram publicados testaram negativo.
Vírus no Brasil
Com a notícia, Bolsonaro aumenta os números já assombrosos da doença no Brasil, um dos países mais afetados pelo novo vírus em todo o globo. O Brasil, até o momento em que este artigo é escrito (08/07), já contabiliza 1.674.665 casos de Covid, de acordo com consórcio formado por grandes jornais do país.
O número de mortes, de acordo com esse mesmo veículo, já chega a marca de 66.868, levando o Brasil ao segundo lugar no ranking de países com maior número de óbitos. As políticas públicas de afrouxamento das medidas de isolamento social fazem com que as estimativas só piorem, e o cenário no país tende a piorar muito ainda.
Hidroxicloroquina não tem eficácia comprovada
Apesar do presidente utilizar o medicamento, o uso de hidroxicloroquina não é recomendado por autoridades médicas. Estudos americanos, publicados recentemente, não encontraram benefícios com o uso da medicação em pacientes de Covid-19.
A cloroquina é recomendada para tratamento de doenças como a malária, e não demonstrou ser uma boa opção para frear o avanço do novo vírus. Porém, algumas vacinas promissoras já estão sendo desenvolvidas e devem começar a serem testadas em breve na população brasileira.