A TIM revelou em julho que lançaria sua primeira rede 5G em três cidades do Brasil em setembro. Até agora, já em outubro, a empresa ainda não cumpriu sua promessa. O plano foi adiado e o lançamento deve ocorrer ainda este mês.
A promessa foi realizada na época em que duas das concorrentes da TIM estavam se preparando para entregar a tecnologia ao público, utilizando de anúncios comunicativos semelhantes aos da companhia italiana.
A Claro foi a pioneira ao trazer a rede 5G ao Brasil, porém, fazendo o uso de uma nova técnica, denominada Compartilhamento Dinâmico de Espectro (DSS), que permite que haja uma distribuição simultânea das conexões 4G e 5G no mesmo espectro de ondas de rádio.
TIM pretende levar 5G às regiões mais afastadas
Na ocasião, Pietro Labriola, presidente da TIM, revelou seu plano em discurso aos colaboradores da empresa. Uma das aplicações citadas pelo executivo é o uso de acesso fixo sem fio (FWA), que pode levar internet banda larga de alta velocidade para dentro de casa sem a necessidade de grandes investimentos em cabos.
A combinação da alta velocidade do 5G com a instalação relativamente simples da antena fez com que essa aplicação despertasse o interesse em áreas distantes de grandes centros urbanos. A empresa vai vender o equipamento para usuários finais, que podem usar sinais 5G para construir suas próprias redes Wi-Fi em casa.
Cada cidade terá seu próprio fornecedor
As três cidades que se beneficiarão da tecnologia TIM são Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). A TIM vai usar fornecedores diferentes em cada localidade, nomeadamente Ericsson, Huawei e Nokia.
Para executivo, os padrões de qualidade aumentaram
O executivo ainda afirmou acreditar que as percepções dos clientes sobre a qualidade do serviço durante a pandemia estão em constante evolução, e que a empresa deve se preparar para novos requisitos e estar disposta a amadurecer o seu modelo de competição e cooperação com diferentes setores.
Tal competição no mercado pode ser impulsionada pelo conceito OpenRAN, padrão mais recente de implementação que utiliza de redes abertas, permitindo assim que os equipamentos possam ser contratados por diferentes fabricantes, o que acaba por impedir a monopolização do produto.
Alternativas de lucro com 5G atrasam instalações
Outra justificativa pelo atraso, segundo Labriola, é referente a um novo questionamento que surgiu com a nova rede de tecnologias. Agora, o setor possui dificuldades de prever como lucrar com ela, dificuldade esta que não era presente nas gerações anteriores, o que faz a TIM ainda se encontrar em “fase de testes”.